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O Provocador 0121


O que faço com as notas do Enem 2013?

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Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 devem ser divulgados nos dias 3 ou 4 de janeiro de 2014 (sexta ou sábado), segundo o Ministério da Educação (MEC). Na segunda-feira, 6, começam as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para as vagas do primeiro semestre de 2014.

A pasta divulgou nesta segunda-feira, 30, o cronograma do Sisu e confirmou a divulgação do resultado do Enem. Para concorrer a uma vaga em instituição pública de ensino superior pelo Sisu, é preciso ter feito a última edição do Enem e não ter zerado a redação. O número de vagas será divulgado na abertura do processo de inscrição.

Resultado do Enem 2013

A arte de se fazer entender

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Por Edson Moura

Hoje tudo tem um ar diferente em minha vida. Hoje escolhi o que quero fazer para o resto dela. Interessante como mudamos de opinião, aliás, digo mais, a pessoa que não revê suas opiniões de tempos em tempos, está fadado à infelicidade. Já quis ser garçom. Também já quis ser sommelier... fui os dois. Já quis ser motorista já quis ser gerente...os dois também fui. Já quis ser pai, assim como quis ser também um bom filho... dizem que tive sucesso em ambos os casos. Hoje quero ser outra coisa, bem diferente de tudo aquilo que sempre quis ser. Quero ser justo.

Quero “vestir aquela roupa de super-herói” lutar contra tudo e contra todos os que oprimem os inocentes, os desfavorecidos de conhecimentos específicos, os incultos, os sofredores. Quero ser advogado, quero ser juiz, quero ser delegado de polícia, funções estas que têm como principal fundamento, o dever de ser justo.

Quero entender aquilo que as pessoas não conseguem verbalizar, quero ser seu tradutor para as manifestações mais particulares, mais intimas e mais dolorosas. Aquelas dores que jamais podem ser verbalizadas, pois toda vez que tentamos fazer isso, uma força devastadora, mundialmente conhecida como “lágrimas”, tomam à frente das palavras, e por mais que tentemos tomar fôlego, nada impede que nossa voz se embargue e que os soluços tornem impronunciáveis até as frases mais curtas como; “está doendo muito!”

A arte de comunicar é intrínseca ao advogado. Pois é por meio de sua retórica que os jurados serão tocados profundamente. O advogado é o artista de teatro mais eficaz de todos. Não há sequências de gravação, não há recortes, não há regravação de cenas para que possam ser melhoradas. O improviso impera no seio dos tribunais do júri. É necessário que cada palavra pronunciada por um advogado, seja como uma fecha certeira nos corações dos jurados e dos juízes. É preciso mostrar que aquela dor intraduzível de um réu ou de acusador, pode ser a dor de qualquer um deles.

Não é preciso mostrar a imagem de uma mãe chorando sobre o caixão de um filho morto. Basta mostrar esta mesma mãe arrumando a cama do mesmo, e fazê-los entender que nunca mais se deitará sobre ela o filho que já não há. Não é necessário uma narração dos fatos, que contenham ideias de terror, de "hediondez" ou de requintes de crueldade. Basta tornar possível que os outros se imaginem no lugar do pai, irmão, ou amigo que nunca mais poderá dizer ao ente perdido: “eu te amo”. Tudo isso se faz com palavras. E quando eu digo “mostrar uma imagem”, não estou falando de uma imagem literal, mas sim de uma imagem mental. Uma cena criada no cerne da mente daquele que tenta se colocar no lugar do outro.

É isso que faz um advogado. Ele tem o poder de transportar seus ouvintes, de sua zona de conforto, para o cume de uma montanha, de onde ele, ali, isolado em seus pensamentos, possa ter uma visão mais clara daquele universo que por vezes lhe é alheio. É preciso causar dor, para que a justiça seja feita, porque do contrário, o que veremos é uma enxurrada de palavras técnicas, totalmente estéreis, sem o mínimo poder de persuasão. Palavras estas que não farão ninguém chorar, na melhor das hipóteses, só os farão...cochilar, demonstrando assim o quão ausente está de suas palavras, a arte de se fazer entender.

Minha vida minha existência meu sentido

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Por: Marcio Alves

"...sei que mesmo que para alguns não tenha valor ou utilidade o que escrevo e digo, para outros é importante e é por esses que continuo no caminho de ajudar através dos meus textos..."
O sentido da existência só pode ser dado depois de ser vivido é assim que vivo e por assim viver é assim que penso, pois só sabemos que vivemos uma vida plena quando olhamos para o passado e somos gratos a ele por ter nos trazido até aqui e feito de nós sermos o que somos ao mesmo tempo em que olhando para o futuro desejando continuar sendo e tendo o que somos e o que vivemos.
"As circunstancias mudam, o tempo muda, os valores mudam"
A essência da minha vida é repensar tudo que leio, vejo, sinto, penso e vivo, compartilhando através da escrita, emprestando meus olhos e coração, para todas as pessoas que me leem e ouve. Minha historia é essa e meu destino é continuar essa historia – nas palavras de Nietzsche “torna-te quem tu és”.
"Hoje entendo que minha vida é incompleta sem o outro, que a essência é compartilhar com e para o outro minhas experiências e pensamentos"

Vivi minha vida inteira – e até recentemente há 3 anos atrás – na igreja, onde tudo em mim e em torno de mim girava em falar (pregar) aos crentes e a todos quantos tivessem disponíveis para ouvir a mensagem cristã através da minha voz, ou seja, o sentido da minha historia é repensar tudo para depois passar para as pessoas o que pensei, tanto em forma oral quanto escrita, tendo como maior proposito o provocar reflexões. O que significa dizer que hoje troquei a mensagem evangélica pela mensagem filosófica e psicológica, mas, no entanto, continuo falando e escrevendo para as pessoas.
"...quero voltar novamente a ver no rosto e no olhar das pessoas aquele mesmo brilho de sentido que elas manifestavam com minha oratória..."

Essa foi, e é, e desejo que continue sendo minha essência, meu sentido, meu caminho: antes usava a religião cristã, hoje uso a psicologia, antes escrevia no orkut, depois blog, agora no facebook, e no futuro desejo escrever livros e teses. Antes pregava na igreja, hoje falo para auditórios em apresentação de trabalhos acadêmicos, no futuro quero ser professor e palestrante.
"...ter consciência, aceitar e usar seu lado “negro”, “oculto” e “mal” ao seu favor é uma forma de se tornar um ser humano completo, sábio e maduro: negar é viver infantilizado, fraco e incompleto. É desconhecer a si mesmo, não se aceitar inteiramente, recusar não ser totalmente você mesmo. É viver as próprias margens da sua própria existência."

Perceba que na essência não mudei. Meu caminho é o mesmo só mudou meu jeito de caminhar e de ver a paisagem no percurso do caminho. Desejo ainda continuar uma vida que seja de doação para o outro, tenho prazer e sentido em me dar para outro. Claro que não me iludo, sei que no fundo, lá no meu inconsciente consciente tenho como pano de fundo o desejo narcisista de ser ouvido, de ser reconhecido, aplaudido, de ver que minha vida faz sentido para o outro, que é importante, que gera diferença que faz a diferença.
"O sentido da existência só pode ser dado depois de ser vivido..."

Mas penso que ter consciência, aceitar e usar seu lado “negro”, “oculto” e “mal” ao seu favor é uma forma de se tornar um ser humano completo, sábio e maduro: negar é viver infantilizado, fraco e incompleto. É desconhecer a si mesmo, não se aceitar inteiramente, recusar não ser totalmente você mesmo. É viver as próprias margens da sua própria existência.
"...só sabemos que vivemos uma vida plena quando olhamos para o passado e somos gratos a ele por ter nos trazido até aqui..."
Hoje entendo que minha vida é incompleta sem o outro, que a essência é compartilhar com e para o outro minhas experiências e pensamentos, sei que mesmo que para alguns não tenha valor ou utilidade o que escrevo e digo, para outros é importante e é por esses que continuo no caminho de ajudar através dos meus textos, frases, pensamentos, do meu compartilhar experiências, e futuramente, através do discurso quero voltar novamente a ver no rosto e no olhar das pessoas aquele mesmo brilho de sentido que elas manifestavam com minha oratória.
"...emprestando meus olhos e coração, para todas as pessoas que me leem e ouve..."

As circunstancias mudam, o tempo muda, os valores mudam, mas o caminho continua sendo o mesmo caminho, o mesmo processo de escrever minha historia, meu destino, minha vida e isso duplamente: tanto na vida como literalmente na escrita, pois afinal, todo escrito é autobiográfico, falamos mais de nós mesmos do que do outro embora seja para e por causa do outro.
 
"...hoje troquei a mensagem evangélica pela mensagem filosófica e psicológica..."

Para ler minhas frases no facebook acesse e add no link: https://www.facebook.com/marcio.alves.98837

 
 

Frases de Edson Moura

Alguns rabiscos sobre a teoria de Freud

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Marcio Alves
 
Quero compartilhar alguns rabiscos meus freudianos, baseado nas concepções teóricas fundamentais psicanalíticas de Sigmund Freud, visando trazer um resumo bem objetivo, pratico e esclarecedor de suas principais teorias.
 
Freud vê todos os indivíduos como uma natureza humana inata que o determina, vivendo sempre na tensão constante entre as exigências dos impulsos instintivos versus a realidade social que cobra comportamentos adequados na relação e interação social. Desenvolveu sua mais importante teoria sobre o inconsciente que é o que marca, distinguindo a psicanálise das demais teorias psicológicas. Dando ênfase também no desenvolvimento psicossexual infantil, sendo estes dois conceitos os principais na teoria psicanalítica freudiana.

 
Segundo a visão Freudiana, o ser humano é possuidor de uma natureza inata que é determinada e regida pelas pulsões de morte e vida, que seriam os impulsos sexuais, presente como energia vital desde o nascimento, e os impulsos agressivos, mais a experiência de vida de cada sujeito, desenvolvida ao longo da infância, onde se dá o complexo de Édipo – onde a criança desenvolve um vivo sentimento de afeição pelo genitor do sexo oposto e grande inimizade pelo do próprio sexo, a quem deseja eliminar como a um rival, isto tudo inconscientemente.

 
Para Freud o mundo é civilizado através de leis que governam os relacionamentos humanos, contrapondo a natureza instintiva animal do homem, que por viver em sociedade aprende internalizando estas leis e proibições, de como se deve comportar, gerando assim um mal estar e conflito no homem, já que há um abismo existente entre as demandas dos próprios impulsos, agressivos e sexuais, advindos de sua natureza com as do meio social.

O aparelho psíquico do homem foi divido por Freud em duas tópicas, chamadas de topográfica e estrutural. Na primeira, a topográfica, o consciente, pré-consciente e inconsciente. Já na segunda, a estrutural, o id, ego e superego.


 
A diferença básica entre consciente, pré-consciente e inconsciente é que consciente é a parte psíquica de nosso aparelho que recebe os dados, organizando-os, do mundo externo e interno do sujeito, constituindo uma pequena parcela da mente. Já o pré-consciente situa-se no meio, entre o consciente e o inconsciente, e, refere-se aos nossos pensamentos e lembranças que não são conscientes em um primeiro momento, numa dada circunstancia, mas que podem ser evocados ou chegarem de maneira espontânea e livre a consciência. E por ultimo, o sistema inconsciente, que foi a grande e revolucionaria descoberta de Freud, o conceito mais fundamental da psicanálise, que consiste na maior parte da vida psíquica, onde se localiza as principais idéias, que são as representações de impulsos, que foram reprimidas, que o sujeito não tem acesso consciente, porém, vale lembra que não foram esquecidas, e tão pouco ainda perdidas, e que tem enorme influencia na vida consciente.

Já o aparelho psíquico estrutural é formado pelo id, que é totalmente inconsciente, instintivo e regido pelo principio do prazer buscando a satisfação a qualquer custo, sua relação geralmente é muito conflituosa com o ego que sempre regido pelo superego, busca uma forma mediadora na realidade de, às vezes, satisfazer de maneira permitida, outras vezes de inibir ou reprimir, os anseios do id sem desobedecer às leis impostas pela sociedade que são justamente internalizadas pelo superego.

A psicanálise freudiana é uma das mais importantes teorias sobre o funcionamento do aparelho psíquico, como também compreensão do mundo e da natureza humana, contribuindo de maneira enriquecedora para a psicologia, no trabalho de compreender e ajudar o ser humano em seus conflitos internos e externos.


 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS


Freud, S. – O mal-estar na civilização, Vol. XXI, Rio de Janeiro: Imago, Ed. Standard Brasileira das Obras Completas, 1974, p. 81-171.


Freud, S. (1923) O ego e o id. Trad. sob direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v.19, p.13-80. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.


Freud, S. (1915) O inconsciente. In___ Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Trad. sob direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980, v.14, p.183-202.

"Não vim ao mundo só"

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Não vim ao mundo só
Nasci grudado ao meu irmão
Cresci segurando sua mão
Não vim ao mundo só.

Nunca nos separamos
Apenas nos afastávamos
Mas de longe nos olhávamos
Não vim ao mundo só.

Se chorava ele estava ali
Como sombra ao meu lado
Ele sempre fora o culpado
Pois nunca nos separamos

Sempre quis que ele partisse
Para poder ser mais feliz
No fundo acho que nem eu quis
Já que não vim ao mundo só.

Hoje não posso despachá-lo
O carrego sobre os ombros
Como um fardo sobre o lombo
Atado por arames de aço

Fui parido com meu irmão
Aceitei-o a muito custo
E para não ser injusto
Hoje o quero ao meu lado

Dominei-o já na velhice
Ignorá-lo é engano ledo
Pois não vim ao mundo só
Nascemos eu e o medo.

Edson Moura

Psicologia Clinica

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O que é psicologia? Do que e como ela estuda? O que é propriamente um psicólogo clinico e qual é o seu campo de atuação? Essas e outras perguntas que vamos tentar responder a partir de agora, e, isto de uma forma bem breve e objetiva.

Segundo a doutora em psicologia clinica pela PUC/SP, Moraes (2003 p. 61) que buscou responder a primeira pergunta proposta: “o que é a psicologia?”, embasada principalmente em Foucault e Wundt, trouxe duas definições: A primeira derivada de Foucault é de que “(...) os impasses e contradições encontrados pela psicologia para definir-se como ciência devem ser tomados não como equívocos a serem superados, mas como positividades, como aquilo mesmo de que é feita a psicologia” (MORAES, 2003 p. 61), ou seja, não obstante a dificuldade de se definir o que é a psicologia, pois há inúmeras definições, há ainda, a problemática das contradições e erros próprios dos seres humanos, pois o objeto de estudo de que se vai ocupar a psicologia é justamente o homem.

Ser este que é marcado por um universo complexo, contraditório, ambíguo e subjetivo. Daí surgirem tantas teorias e vertentes dentro dessas mesmas teorias para tentar compreender e explicar o homem.

Então o objeto de estudo da psicologia é o homem. O problema básico deste objeto de estudo é sua complexidade e diversidade, e, portanto da impossibilidade de se exaurir todo conhecimento acerca deste objeto, se chegando a uma conclusão final, única e absoluta, como apontam em seus estudos Barros e Holanda (2007).

A segunda definição para “o que é a psicologia?”, ainda segundo Moraes, é encontrada em Wunt que “(....) definiu a psicologia como ciência intermediária, isto é, uma disciplina entre outras disciplinas”. (MORAES, 2003, p. 61) Isto não significa dizer apenas que a psicologia seja mais uma disciplina entre tantas outras disciplinas (embora ela seja), mas que ela é justamente marcada pelas relações com outros saberes científicos, como a biologia e a sociologia, por exemplo.

Sendo assim, a psicologia não pode ser apenas definida e limitada como estudo da mente, ou estudo do comportamento, embora alguns autores tenham definido assim, porque ela é muito abrangente e ilimitada. Sendo reduzida a apenas uma dentre tantas teorias, acaba por se torna empobrecida e apequenada.

Uma maneira de definir a psicologia, segundo Todorov, é como estudo de interações de organismo-ambiente, e neste sentido ele escreve dizendo:

“As interações organismo-ambiente têm, historicamente, caracterizado áreas da Psicologia, dependendo de quais subclasses de interações são consideradas. Ainda que uma divisão do meio ambiente em externo (o mundo-fora-da-pele) e interno (o mundo-dentro-da-pele) seja artificial, pois não tem que haver necessariamente dicotomia, a Psicologia evoluiu até o presente com áreas mais ou menos independentes especializadas em interações principalmente envolvendo o meio ambiente externo (psicofísica, por exemplo) ou com ênfase exclusiva no meio ambiente interno (abordagens psicodinâmicas da personalidade, por exemplo)”. (TODOROV, 2007 p. 58)

 

Ou seja, ainda que seja imprescindível a fragmentação do estudo da psicologia para uma melhor compreensão e analise, não podemos negligenciar o entendimento de que as partes compõem um todo, estando elas mesmas interligadas e co-relacionadas, como por exemplo, o comportamento que não pode ser totalmente entendido se isolado o seu contexto físico e social, como também a questão da resposta singular que irá variar de sujeito para sujeito.

Então a psicologia com sua diversidade de teorias, são na maioria das vezes fragmentada, buscando entender aspectos das partes que compõe um todo do ser humano, mas que não podem cair no erro de se limitarem dando ênfase exclusiva a apenas uma destas partes, se esquecendo do todo.

Dentre os vários campos possíveis de atuação do psicólogo, está a clinica que é “(....) o estudo cientifico e de aplicação da psicologia para fins de compreensão, prevenção e alivio psicológico (.....) para promover o bem estar subjetivo e desenvolvimento pessoal”. (REDEPSICOLOGIA.COM, 2008)

Ela se inicia com um estudante de Wundt, chamado Lightner Witmer (1867-1956) quando o mesmo resolveu tratar um rapaz que tinha problemas com a ortografia. Este primeiro caso foi à mola propulsora para ele abrir uma clinica para dar continuidade ao trabalho de ajudar crianças com dificuldade de aprendizado.

Foi nesta época que Witmer criou o termo “psicologia clinica” que ele definia como um trabalho de observação e experimentação empírica com o objetivo de causar mudança.  (REDEPSICOLOGIA.COM, 2008)

Todo psicólogo clinico antes de atuar, precisa sempre avaliar o contexto e a natureza dos problemas, como também a situação a qual está inserido seu paciente, como; idade, tipo de personalidade, ambiente e cultura, inclusive também a motivação e duração da terapia e analise clinico.

Um dos problemas no inicio da carreira do psicólogo clinico é o que a psicóloga Tavora chama de “reconhecimento do eu”, que consiste basicamente na super-atenção dispensada do psicólogo consigo mesmo, ou seja, o psicólogo fica tão preocupado em saber se esta ou não se saindo bem, se sua postura de ouvir e até mesmo de falar estão corretas, que a atenção dada ao seu paciente fica comprometida. (TAVORA, 2002 p.7)

 

REFERENCIAS:

BARROS, F. de; HOLANDA, A. O aconselhamento psicológico e as possibilidades de uma (nova) clínica psicológica. Revista da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. 13, n. 1, p.1-22, jun. 2007. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2011.

MORAES, M. Revista de Psicologia Unc: o que é a psicologia?, Niterói, v. 1, n. 2, p.59-63, 25 fev. 2003. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2011.

REDEPSICOLOGIA (Org.). Psicologia clinica. Portal Rede Psicologia, São Paulo, n. , p.1-9, 08 jun. 2008. Disponível em: . Acesso em: 13 mar. 2011.

TAVORA, M. T. Um modelo de supervisão clinica na formação do estudante de psicologia: A experiência da ufc. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 7, n. 1, p.1-13, jun. 2002. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2011.

TODOROV, J. C. A Psicologia como o Estudo de Interações. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 23, n. , p.57-61, 2007. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2011.

 
 

Gênio Indomável segundo a teoria comportamental

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O filme fala da história de Will, um jovem com uma inteligência brilhante, adquirida através de aproximações sucessivas, primeiro quando criança aprendeu a ler, depois, dedicou muito tempo a ler diversos livros, como mostra no filme, para finalmente a fazer operações matemáticas complicadíssimas, porém, possuía um comportamento operante de agredir pessoas as quais não gostava, e por isto, foi preso várias vezes, inclusive chegou a bater (comportamento operante) em um policial.
 
Na sua infância foi criado em um orfanato, onde passou por vários tipos de violência física e abusos, ou seja, um ambiente hostil que acabou contribuindo em reforçar positivamente em Will, sua agressividade e violência. Este jovem trabalhava na faxina (comportamento operante), pois não aceitava trabalhar num emprego mais intelectual, tivera uma inteligência tão aguçada a ponto de superar até mesmo um professor de matemática na universidade.
 
O enigma seria decifrar um teorema que o professor desafiou seus alunos e somente o jovem Will conseguiu decifrar. Desde então, o professor Gerry foi a procura do jovem Will, chegando até aos tribunais no qual ele se encontrava diante do juiz respondendo mais um processo por agressão, onde desta vez teve, ao mesmo tempo, uma punição positiva ao ser condenado a ficar preso, e negativa, pois foi tirada a sua liberdade. No entanto Gerry foi até a prisão propor ao jovem que mediante a autorização do juíz, ele poderia sair da prisão se o mesmo ficasse sob sua tutela, conseguisse um emprego, e fosse avaliado por um terapeuta.
 
Will é claro acabou optando pelo acordo com o professor ao invés da prisão, e, isto foi para Will um reforço negativo, pois eliminou o estimulo aversivo da prisão.  Já para o professor que ajudou Will, acabou sendo para ele, professor, um reforço positivo, pois Will ajudava a decifrar seus teoremas e a formular suas aulas. Em relação à terapia, antes mesmo de passar com o terapeuta, pesquisava livros escritos pelos mesmos, para punir positivamente através de argumentos contrários e/ou zombando dos terapeutas, fazendo com que os mesmos desistissem de tratá-lo, conseguindo com isto, se esquivar do tratamento.  Mas por fim, um terapeuta não desistiu de tratá-lo, seu nome era Sean, amigo de Garry o qual indicou para tratar Will sua última esperança, que dizia que para tratar uma pessoa era necessário antes conquistar sua confiança.
 
E assim Sean foi, através da modelagem, ensinando novos comportamentos ao jovem, que na primeira consulta tentou de todas as formas, através da punição positiva, provocá-lo para que o terapeuta desistisse, mas diferente dos outros, Sean não mudou o seu comportamento operante de conversar, atendendo o jovem, onde fazia perguntas e o mesmo não respondia, criando resistência a extinção do seu comportamento operante de não falar. O terapeuta levou o para fora do consultório no jardim, onde falou um pouco sobre sua vida, reforçando positivamente o comportamento de prestar atenção do jovem.
 
Em outro encontro ambos ficaram em silêncio, Will não queria falar, então o terapeuta reforçou negativamente Will não falando nada também, ou seja, ao tirar sua fala, o terapeuta conseguiu reforçar Will a iniciar a conversar, pois não aguentou o silencio.  Mas aos poucos o terapeuta foi reforçando o comportamento de falar e se relacionar do jovem Will na terapia. Além disto, Will se condicionou, através da necessidade filogenética de amizades, mais a sua historia ontogenética, a um grupo de amigos, como se esses amigos fossem a sua própria família que o mesmo não tinha, e, este grupo de amigos também reforçava positivamente ainda mais o comportamento agressivo de Will, ajudando ele a agredir outras pessoas.
 
Em certa ocasião num bar com seus amigos conheceu uma garota chamada Scarlet, bonita, extrovertida e inteligente. Os dois começaram, através da aproximação sucessiva, de uma amizade a namorar, de beijos e caricias a ter relações sexuais, mas sem planos futuros. Quanto ao emprego, Gerry o selecionava para diversas entrevistas, mas Will recusava se esquivando de todas as propostas, pois era condicionado por um esquema de reforço continuo de sempre trabalhar como operário na obra junto com seus amigos.                                                                                                                                                      

Mas os dias foram passando, e Sean, através de esquema de reforçamento intermitente imposto por Gerry pela pressão de precisar dos relatórios para levar ao juiz, tentava explicar a Gerry que se pressionasse Will ele poderia ir embora (fuga) e não voltar mais, generalizando ainda mais o seu comportamento de não confiar em ninguém, por ter sido órfão e não ter amor de pai e mãe, abusado e espancado em sua infância, sendo assim punido negativamente, pois não teve pai e mãe, e punido positivamente, pois nos lares adotivos foi agredido.
 
E foi assim que Sean foi conquistando cada vez mais a confiança de Will, reforçando positivamente ao falar de sua esposa que já havia falecido, (filogenética) e, que a amava (filogenética) e que não pretendia se casar novamente, fazendo com que Will tivesse o comportamento operante de falar também sobre sua garota que foi embora e o amava, mas que ele preferiu não acompanhá-la, se esquivando, com medo (filogenética) de ser abandonado por ela. Em uma conversa profunda Sean mostrou a Will que tudo que aconteceu em sua vida não era sua culpa, e assim Will desabafou descarregando todas as suas emoções para o analista, que por sua vez conseguiu reforçar positivamente ainda mais, abraçando-o.                                                                                                                                              
Depois de tudo isso, Will teve o seu comportamento mudado resolvendo aceitar a proposta do emprego formal, mas depois mudou de ideia, por causa do comportamento respondente de precisar de amor e sexo de sua namorada, e foi atrás dela para viver ao seu lado.

Mulheres feministas e moralistas, por favor, não leiam o texto abaixo!!!

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Fui hoje de manhã à biblioteca, no centro cultural São Paulo Sérgio Milliet, especialmente atrás desse livro: “A filosofia da adúltera”...estou devorando ele...já estou na metade...um livro escandalosamente polemico. Não indico para as feministas e puritanas de plantão, apesar de que, confesso que adoraria ver a cara de algumas lendo esse livro. (rsrs). Elas iriam passar mal e ficar horrorizadas (rsrs). Mulher pra ler esse livro tem que ser corajosa ao ponto de se permitir ser confrontada, questionada e o pior: desmascarada (rsrs). Partindo da premissa de que nele contenha algumas “verdades” que colocam elas contra parede, desmistificando e derrubando alguns mitos sobre as mulheres, que podem deixar as mulheres numa verdadeira “saia justa” (rsrs).
 
Olha essa frase que eu tirei desse livro, por exemplo:
“Este livro é escrito sob o espirito da adultera. A mulher que representa a condição humana como escrava do desejo (...) que realiza a vocação mais antiga da mulher. Que reconhece o quanto se perde em si mesma e como é autodestrutiva. Mas que ainda assim, não consegue deixar de abrir as pernas para o homem que não é seu marido, que chupa seu sexo engolindo o desejo liquido que brota dele, traindo a confiança de seu marido infeliz e de seus filhos, e que assim faz representante de toda a humanidade em sua miséria” (PONDÉ, 2013).
E ai tem certeza que quer continuar lendo? (rsrsrs)

Esse livro do filosofo Pondé é totalmente baseado no gênio Nelson Rodrigues, que de maneira bem geral, ele compara a humanidade com a mulher adultera, no sentido em que ambos são miseráveis escravos do desejo, que como dizia outro gigante da filosofia, Schopenhauer, que, grosso modo, há duas tragédias na vida: uma é a de não satisfazer um desejo e a outra é justamente de satisfazê-lo. Na primeira nós temos a frustração, já na segunda hipótese, nós temos o tedio do desejo realizado que irá gerar novos desejos e por consequência novos tédios, e assim, por diante, como no mito de Sísifo de rolar a pedra eternamente pela montanha acima, e ver ela sempre rolando pra baixo.
Pondé afirma, entre outras coisas, que o “sexo livre” hoje em dia, acaba por tirar ou diminuir o tesão, porque como tudo que é proibido é mais gostoso, “culpa e o pecado são os maiores aliados do desejo” (PONDÉ, 2013), ou seja, são ingredientes explosivos que não podem faltar numa ardente e irresistível transa. (Será que é por isso que as pessoas traem? Rsrs)

Pondé traz a historia contada por Nelson Rodrigues “perdoa-me por me traíres”, onde se inverte a logica: nele é o homem que pede e busca perdão pela traição realizada pela sua esposa justamente por ele reconhecer que a traição dela é por falta de amor dele. (mulheres traem por falta de amor?)
Outro ponto muito interessante que vale a reflexão é sobre o amor tal como esta colocado também em Nelson Rodrigues através desse livro do Pondé, onde ele traz que quando mais se ama, quando mais se quer, mais se deseja a pessoa amada, mais refém e dependente dela nós tornamos, ao ponto de ficarmos inseguros, “Ciúmes, delírios de traição, impotência de controlar o outro” (PONDÉ, 2013), porem o outro caminho oposto a esse, o da indiferença o tal “pega mais não se apega”, frase escrita agora por mim, mas que escutei de muitas pessoas, inclusive mulheres, acaba, como diria Nelson Rodrigues via Pondé, por nos “apodrecer”, ou nas palavras de Pondé “sem o tormento do amor, você apodrece – por isso só os neuróticos verão a Deus. Ou nos angustiamos ou apodrecemos, dizia Nelson” (PONDÉ, 2013).

Um pouco mais sobre o livro, pra colocar mais ainda o “dedo na ferida” (você ainda esta lendo essa postagem?! Depois não venha me xingar. Rsrs) Pondé – pra ser amaldiçoado até a quinta geração pelas feministas rsrs – levanta a questão de que mulher gosta mesmo é de apanhar na cama, de ser possuída pelo homem, ou sem suas próprias palavras que...”é da natureza feminina desejar o que dói (...) e essa vocação é a de desejar ser objeto do homem que a possui, seu dono (mesmo que simbolicamente e por algum tempo)”. (PONDÉ, 2013). (Já dizia o psicólogo Flavio Gikovate que sexo tem haver com agressividade e não com carinho. Dizia ele que se observarmos os filmes pornográficos – pra não dizer nós mesmos rsrs – as pessoas envolvidas estão com o rosto sempre tensas e fechadas, com aparência de “raiva”...será?? rsrs)

O que dizer então da “tese” do Pondé – que por sinal, dei muita risada, não por ser sem fundamento, mas muito ilharia rsrs – de que “pouco importa o que uma mulher fizer, sentir ou pensar: seus seios definem sua vida. Não é por acaso que plásticas nos seios salvam vidas. (...) Alguém poderia acusar Nelson de reduzir a vida da mulher ao seio. Claro, existem outras coisas numa mulher que a definem: pernas, boca...anos de terapia podem ajuda-la a ser algo mais do que isso” (PONDÉ, 2013).
Enfim, os homens irão adorar a leitura de “A filosofia da adúltera”, já as mulheres....
 
Marcio Alves
 
Descrição do produto e ficha técnica
Título: A Filosofia da Adúltera
Subtítulo: Ensaios Selvagens
Autor: Luiz Felipe Pondé 
Editora: Leya
Edição: 1
Ano: 2013
Idioma: Portugues
Especificações: Brochura | 192 páginas
ISBN: 978-85-8044-862-7
Peso: 280g
Dimensões: 230mm x 160mm

Ateus e religiosos, por favor, não leiam o texto abaixo!!!

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“Sem capacidade para o espanto” e “De quatro” são dois títulos do livro “A filosofia da adultera: ensaios selvagens” do escritor e filosofo Pondé. 
Neles o escritor trás a tona a relevante reflexão de que a teologia da justiça social foi, na verdade, uma preparação do terreno para a teologia da prosperidade, onde se busca não mais o mistério e o assombro de um Deus dos místicos, mas antes um Deus materialista que dá carro, casa, emprego e bens materiais para seus “fieis”, ou nas palavras de Pondé “O que se busca em Deus, de agora em diante, será algo entre bons salários e um bom carro novo” (Pondé, 2013), pobre dos crentes, reduziram o Deus dos místicos e filósofos a um simples e mero banqueiro capitalista. 

Ou então, a um medico, quando se lota as igrejas atrás de uma cura para o corpo miserável, que na verdade, como diria Ariovaldo Ramos, nada mais é do que “remendo novo em pano velho”, ou seja: o que é a morte se não o viver num corpo que envelhece todos os dias, nesse sentido, somos todos doentes de uma doença: a doença do existir e do viver. Cada dia que se vive, vive se um dia menos. Religião se tornou banal e medíocre como é o mundo materialista e capitalista.
Ou seja, como sentenciou Nietzsche “Deus está morto”, inclusive para os religiosos.

Considero-me um ateu místico, explico: não consigo acreditar e nem conceber um Deus que esta por trás de tudo, igual a um diretor que dirige um filme, que comanda e controla, determinando papeis e traçando destinos, nesse sentido sou ateu filosoficamente falando.
Vejo muito mais beleza e coragem existencial na vida sem Deus. Porém, me jogo de joelhos em completo silencio absorto diante do absurdo e assombro do mistério da existência: reverencio a vida e os Deuses mitológicos que a humanidade criou desde os tempos mais remotos. 

Sou apaixonado especialmente pelo Deus do cristianismo, por sua paixão pela humanidade, ao ponto de sofrer por ela, de literalmente morrer por ela.
Não entro aqui na questão se Jesus existiu de fato ou não. Mito não é igual à mentira, mas esta para além da razão, trazendo verdadeiras riquezas de sabedoria sobre e para a vida.
De quatro” Pondé nos diz que “Não, o homem não se espanta mais. Sem espanto, caímos de quatro, assim como sem a alma imortal” (Pondé, 2013).
Pobre dos ateus e religiosos, que não percebem que sem Deus – ou com um Deus materialista que é buscado por “bênçãos” materiais – caímos literalmente de “quatro”, no sentido, de nós tornamos humanos, demasiado humanos, meros animais “racionais”.

Nesse sentido prefiro ao apostolo Paulo quem celebremente declarou “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!”.
Pobre do homem moderno que vive voltado para si mesmo, achando que o mundo gira entorno de si, que não consegue olhar para fora de si, e se assombrar com o mistério e o absurdo da vida.
 
Marcio Alves

 

Toda mulher gosta de se sentir "vagabunda", pelo menos por meia hora?

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Já inicio essa reflexão com a frase polemica do filosofo Pondé de que “O imortal hábito feminino é gostar de ser objeto sexual. Sentir-se cachorra, fácil, vadia, pelo menos por meia hora” (Pondé, 2013)
 
Pondé trás em seu livro “A filosofia da adultera: ensaios selvagens” embasada na visão “rodriguiana” de que a vocação mais antiga da mulher é a de ser prostituta, e isso nós podemos ver exaustivamente na maioria das suas peças teatrais: a mulher submersa incontrolavelmente em desejos sexuais.
 
Quem não se lembra do filme “A dama da lotação” de Nelson Rodrigues? Em que a protagonista, em um dado momento, começa uma rotina diária de seduzir todo tipo de homens que ela nunca viu dentro dos ônibus. Isso sem contar que ela transa com o melhor amigo do marido e ainda por cima com seu próprio sogro! (rsrs)
Daí esse gênio Nelson Rodrigues ser conhecido como “anjo pornográfico”.
 
Pondé, embasado em Nelson, chega a dizer em seu livro que “o desejo pinga entre as pernas da mulher” (Pondé, 2013).
 
Em um dado momento do livro Pondé trás a tona um comentário de um famoso psicanalista que contou o quanto as mulheres no setting terapêutico, confessavam em alguns momentos da analise, o quanto que seus maridos não sabiam trata-las na cama como vagabundas, e que elas sentiam falta disso.
 
Em sua critica venenosa á famosa filosofa feminista francesa existencialista Simone de Beauvoir, ele diz que “O fato de a mulher ser penetrada (...) ficar de quatro, revela mais da alma feminina do que o blábláblá da Simone de Beauvoir, que confunde queixas quanto a poder trabalhar fora de casa com gosto sexual e com natureza feminina” e acrescenta que “A alma feminina pode pilotar aviões, mas quer ser a puta de um homem” (Pondé, 2013).
 
Podemos então, com base em Pondé e em sua releitura de Nelson Rodrigues concluírmos que: a mulher que diz que a beleza feminina não importa, que não aceita ser tratada e nem vista como objeto sexual, no fundo é porque é ressentida, não se sente desejada e não suportar ver outra mulher sendo. (hahahah)
 
Marcio Alves

Pra você que se diz estar apaixonada, mas que não tem ciúme, que é uma pessoa bem controlada e resolvida, por favor, não leia o texto abaixo!!!

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Inicio essa reflexão novamente com uma frase do grande mestre Dostoiévski do livro que estou lendo “O Idiota” onde ele diz que “(...) é sabido que o homem excessivamente envolvido por uma paixão, sobretudo se já está entrando em anos, fica totalmente cego e disposto a suspeitar de esperança onde ela absolutamente inexiste; além disso, perde a razão e age como uma criança tola, mesmo sendo um poço de sabedoria”. (Dostoiévski, pg. 72, 2013)
 
É tão desnecessário o que vou dizer depois do que Dostoiévski disse aqui – tudo que vou escrever a seguir sobre esse trecho de Dostoiévski se torna diante de tamanha genialidade, apenas uma mera “nota de rodapé”, que escrevo muito mais como um exercício de reflexão pra mim mesmo, ou seja: se quiser, pode se dar o luxo de não ler o que escrevo abaixo, pois essa frase de Dostoiévski diz por si só – que vou novamente reproduzir esse mesmo trecho:
 
“(...) é sabido que o homem excessivamente envolvido por uma paixão, sobretudo se já está entrando em anos, fica totalmente cego e disposto a suspeitar de esperança onde ela absolutamente inexiste; além disso, perde a razão e age como uma criança tola, mesmo sendo um poço de sabedoria”. (Dostoiévski, pg. 72, 2013)
 
Aqui o mestre Dostoiévski nos brinda com uma reflexão de que mesmo as pessoas mais velhas, experientes, maduras, quando estão apaixonada – não um simples gostar e ter afinidades e achar que com isso, se está amando loucamente (até porque, gostar não tem tanto peso e importância, pois afinal, gostamos de uma serie de coisas, como musica, sorvete, dinheiro, assistir filmes, carro, sexo (rsrs) e etc..) – perdem o controle de si mesmas.
 
Daí que para a sabedoria grega antiga, o contrário da razão é justamente o pathos (paixão), sendo esta inimiga mortal da primeira, pois uma pessoa apaixonada é uma pessoa possuída pela loucura cega e furiosa do amor irracional. Daí que paixão se aproxima da doença, da loucura, do “patológico” – suspeito de que muito em breve, terão psicólogos tratando em seus consultórios pessoas apaixonadas como pessoas “patologicamente” doentes... não duvidem de que a medicina irá criar remédios para lidar com mais esse drama humano – pois estar apaixonado é estar literalmente “doente” de amor.
 
Sem contar que quando se esta apaixonada, fica-se igual a criança: já reparou no dialogo de duas pessoas perdidamente apaixonadas? Dá até “raiva” (inveja?) delas. Rsrsrs
A paixão é um “crime”. O mundo não suporta ver ninguém apaixonado, se beijando e fazendo juras de amor eterno. Pessoas assim (apaixonadas) parecem que estão em outro universo, que estão acima do bem e do mal, alem do resto dos mortais.
 
Chego a suspeitar de pessoas que se dizem “bem resolvidas”, que nunca perderam a cabeça, que dizem (só dizem) não ter ciúmes e que ainda por cima criticam e falam mal da paixão.
Suspeito de que a vida sem paixão é inútil e não vale apena, e que essas pessoas são ressentidas e justamente inseguras. Daí não terem coragem de abandonar as falsas certezas e mergulharem bem fundo nessa experiência devastadora que é a paixão.
 
Se a sua paixão te abandonou ou melhor (pior) ainda: te trocou por outra (ou outro) e você não sente a menor vontade de matar ele (ou ela) é porque não é paixão – daí a paixão ser tão perigosa, por isso, outro grande mestre (Nelson Rodrigues) criou tantas historias de pessoas apaixonadas que matam o outro ou se matam por causa da paixão.
 
O contrario do amor não é o ódio, mas sim a indiferença – indiferença se ele (ou ela) te trai, se conversa ou tem amizade com uma pessoa muito mais bonita, inteligente e rica que você, indiferença se ele (ou ela) irá te deixar algum dia e etc.
 
Se você não tem ciúme, medo de perder, sente um pouco até de indiferença, lamento: você acha que ama, que está apaixonada, mas no fundo é só um bobo feliz “bem resolvido”que se autoengana.
 
Escrito por Marcio Alves

Lealdade

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Por que são assim as pessoas? E esta pergunta não é retórica. Gostaria mesmo der ter a resposta. Num mundo tão densamente habitado, tantas singularidades entre cada um de seus mais de sete bilhões de moradores, e mesmo assim, plural em outros pontos. Talvez plural não seja nem o termo correto, diria que é mesmo uma unanimidade. 
 

Insistimos em tentar mudar, ou mesmo moldarmos as pessoas que nos circundam, mas quando achamos que estamos tendo sucesso na empreitada, um balde da mais fria água nos é jogado ao corpo nu e quente, exacerbando a sensação de dor, aquela dor que nos dá vontade de gritar os mais inapropriados palavrões, como se só isso bastasse para amenizar o sofrimento.

Quando foi que a lealdade deixou de ser importante? Outra pergunta que ficará sem resposta. Ao que me parece, o homem não abandonou seu estado de natureza, e contínua acreditando que não se deve acreditar no outro, que a melhor defesa é sempre o ataque prévio. Não estou falando de guerra bélica, mas sim, uma guerra que se trava constantemente nos recônditos de cada um de nós. Não sou diferente, por mais que reflita a respeito do assunto.

A decepção com o outro ficou, creio eu, cicatrizada em nosso DNA por milhares, para não dizer milhões de anos, e assim ficará, sempre, como uma lembrança inconsciente de que não devemos baixar a guarda nunca. Há mal nisto? Talvez sim, talvez não, a tragédia é que por mais que nos protejamos, a dor virá inexoravelmente, e pegará de jeito até o melhor e mais preparado de todos os lutadores.

É tudo uma questão de adaptação aos tempos modernos, aceitação de um mundo extremamente competitivo, onde aquele que puder oferecer mais será o escolhido em detrimento de um outro que não se dispôs a dar o máximo do máximo de si. E o perdedor contemplará a vitória de seu adversário talvez vislumbrando um futuro onde o campeão também será substituído por um outro melhor. Alto engano? Talvez, mas faz cessar parcela ínfima da dor.

Lealdade existe? Não sei! Pelo que acabei de escrever acima, depreende-se que não. Aquela lealdade que fez com que pessoas morressem uns pelos outros. Uma fidelidade de um tempo em que não era necessário exigir a cabeça à espada do algoz, simplesmente ela era oferecida. Mas será que era lealdade ao outro ou à si mesmo e suas convicções filosóficas ou religiosas? Tantas perguntas faço, e sem respostas continuo.

É provável que seja ingênuo, me comportando como uma criança que não cansa de perguntar porque realmente não sabe a resposta. E é isso mesmo! Eu não sei responder às minhas próprias questões. Isto é filosofar? Acho que sim. Filosofar é viver, e viver não tem sido muito fácil para quem pensa, e sofre por não entender as coisas que gente grande não quer explicar. Talvez porque não saibam também.

Já disseram “eu sei que nada sei”, mas sabia sim, e muito, a verdade é que não queria ver ou não queria que notassem que sabia. Eu ainda não desisti de confiar nos outros, mesmo sabendo que são eles o inferno que habita em nós, e certamente é por saber disso que não desistirei de encontrar respostas para as perguntas que faço hoje, agora.

Quero muito o conforto de um aliado que morra comigo numa luta que nem seja nossa, ou seja apenas nossa. Quando procuro nas expressões, na linguagem corporal, ou facial uma pessoa que esteja disposta a pensar como eu penso, algo me manda parar em frente um espelho a admirar meu achado, o reflexo de um rosto que coadune das minhas ideias e das minhas expectativas para um futuro tão incerto. Nem sempre gosto do que vejo.

Apenas sei que esta pessoa ali, parada em minha frente, nunca traiu a si mesmo, nunca foi contra sua consciência, por achar que não era saudável fazê-lo. Esta pessoa vê o mundo pelas mesmas lentes que eu vejo. E o melhor, há uma reciprocidade entre eles, pois ambos sofrem as mesmas dores e têm as mesmas perguntas….todas sem resposta alguma.

Edson Moura

Poucos vivem muito, e muitos vivem pouco

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Por Edson Moura

Penso às vezes que estou vivendo. E para muitos, ou melhor, para a maioria, de fato é assim que se considera o viver. Mas será que é verdade? Estar com outras pessoas, caminhar pelas ruas abarrotadas de seres humanos, encher os pulmões de algo que muitos de nós nem sabe o que é, ou do que é composto, contar os passos nas calçadas evitando as lajotas de cor preta, será que isso é viver? Comer, beber, fumar, sorrir, chorar, brigar, sofrer, isso é viver? Ou será que é apenas existir? Sim, isso é existir, ou seja, fazer parte de algo, estar inserido na sociedade, ser aceito pelas diversas tribos de humanos, cada uma com suas particularidades. Tudo isso é apenas existir.

Viver é algo mais complicado. Em primeiro lugar, para se dizer que vive, ou que está vivendo, é preciso ter em mente, e de forma patente, a consciência de que tudo isso ira acabar um dia, que algo ou alguém está à espreita, esperando para nos levar não sei pra onde, para enfim descansarmos e não podermos mais dizermos conscientes: “Não vivo mais!”

Estou parado, num lugar qualquer desse imenso universo a pensar no porquê de estar aqui. Por que eu fui escolhido para existir numa história que não entendo como começou e muito menos como acabará? Estou neste exato momento tomando ciência de que estou vivendo, e não simplesmente existindo. Viver é saber que nada permanece. Viver é sentir um frio na barriga ao perceber o fim trágico que nos aguarda. E é nessas horas que entramos numa profunda mas passageira crise. Crise esta que ninguém percebe, e por um simples motivo, ora, todos estão muito ocupados existindo apenas.

Equipados de seus aparelhos celulares, distraídos em suas redes sociais que fazem tudo, menos socializá-los. Não se dão conta de nosso desespero momentâneo, do calor que sobe pelo peito e repousa em nossa face, agora suada. Um desespero que nem sei como explicar, mas você sabe. Sim você! Você que está lendo estas linhas sem saber por que. Talvez seja amigo do autor, e apenas não quis fazer a desfeita de não ler o que ele escreveu. Ou talvez você apenas queira saber qual foi a bobagem que ele resolveu escrever desta vez. Mas eu lhe digo: Se nunca passou por um desses momentos de angústia profunda, daquelas em que perece que caminhamos sobre uma fina camada de gelo e alguém está a levantar um machado para parti-lo, ah, eu posso afirmar...você apenas existiu até então.

Talvez você esteja firmemente apegado a uma ideologia que o afaste desses pensamentos sombrios, ou pior, você pode estar convicto de que este existir nem se compara ao outro que virá depois da morte. Um estoicismo exacerbado, que me causa náuseas. Uma promessa de algo que não podemos sequer testar antes de aceitarmos. Odeio aqueles que não vivem e creem veementemente que o faz. Não param um minuto por dia para refletir sobre si mesmos, sobre como surgiram ou como irão “des-surgir” um dia. Como chegará a hora em que nada mais terá tanta importância quanto mais alguns segundos de existência.

Um filme se passará em parcos segundos antes do fim. Promessas não cumpridas, amores não vividos, experiências não trocadas, beijos e abraços não dados, socos e ponta-pés que faltaram, comidas que não saborearam, perdões que não pronunciaram. Será tarde, muito tarde para voltar atrás. Essa senhora que veio buscá-lo, levará aquilo que chamou de vida junto com o que eu chamo de existência. Levará tudo que você tinha e tudo que pensou que teria.

Então me faço questionamentos e acabo por respondê-los sem perceber nessas horas – e você que já passou por isso também já deve ter se perguntado – algo parecido com: “Para que tanto esforço? Para que tantos sonhos e projetos? Para que ser bom e buscar um altruísmo que só se encontra quando escavamos no mais profundo de nosso ser? Poderia desistir agora mesmo de tudo, nada vale a pena, nada faz sentido, vou morrer mesmo. Nem sei se deveria estar aqui ainda.”

Pronto! Dou-lhe os parabéns!!! Você vive. Viver é acima de tudo temer a chegada da morte. Não falo de ter medo mas sim de sabermos que ela existe, que ela vive. Diferente de nos comportarmos como animais irracionais que não têm consciência de sua finitude. Que existem dia após dia sem tomar conhecimento de não haverá outro lugar para gastar o que acumulou, que não terá oportunidade de rever conceitos, experimentar o que negligenciou e acima de tudo, contemplar a vida no teor de seu significado.

Muitos acham que vivem, mas viver é uma das coisas mais raras do mundo, a maioria apenas existe. E sua existência realmente não faz sentido, e não deveria. Viver sim faz sentido, pois escolhemos dar-lhe significado. Optamos por viver dignamente o que parecia apenas um existir sem sentido, sem motivo, sem futuro. É neste exato momento que a crise existencial se vai. Se pudéssemos nesse momento abraçaríamos árvores, beijaríamos estranhos, ligaríamos para as pessoas que amamos e diríamos que a amamos com toas as letras que esta palavra comporta. Pensaríamos em escrever ou melhor, descrever essa alegria que se apodera de nossa alma ao percebermos que estamos vivos e melhor ainda, estamos vivendo...nada mais que isso...vivendo apenas.

Edson Moura

Você já parou pra pensar se tem Ética?

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Acredito que possa existir uma melhor distribuição e rendas, mas também não sou contra o fato de que algumas pessoas têm o direito de acumular riqueza, desde que a exploração não extrapole os limites (e que limites são esses?). De nada adianta culparmos A ou B, partido de esquerda ou de direito, nada se resolve com troca de alfinetadas.

O povo precisa sair deste paradigma do "Pão e Circo" e começar a pensar politicamente. O mal dos que não se interessam por política é justamente serem dominados e oprimidos por aqueles que se interessam (já disse alguém). Voto consciente não basta, é preciso que se acompanhe a vida daqueles que elegemos, já temos mecanismos pra isso. Quantos de nós já mandamos e-mails para nossos vereadores, deputados Estaduais, Federais, Senadores, aliás, quem de nós se lembra de em quem votou para cada um desses cargos?

Entender o processo legislativo é de suma importância, ler a Constituição de 88, saber quais são direitos e acima de tudo, quais são seus deveres. Quem de nós aqui, aqui mesmo na Confraria dos Pensadores Fora da Gaiola conhece ao menos o Artigo 5º de nossa carta da República? O povo brasileiro é um povo sem Ética, e quando digo Ética não estou falando daquela ética inalcançável proposta por Emanuel Kant. Essa etiqueta de que falo, começa bem cedo, em nossos lares, bem longe da política como a conhecemos.

É não furar uma fila nas casas lotéricas, é encontrar um celular ou uma carteira cheia de dinheiro e devolver ao seu dono. É devolver o troco que o dono da venda deu a mais. É também não comprar filmes pirata, softwares falsificados, é não mentir quando se vende um carro que está com o motor em vias de fundir e dizer que o carro está ótimo. É não comer aquele salgadinho no mercado enquanto faz compras e antes de chegar ao caixa jogá-lo fora para não ter que pagar.

É não tentar subornar o policial que lhe para e quer multar-lhe por que a carta está vencida, é também não comprar sua habilitação e não nem pagar o "arrego" ao examinador. Ética que nos falta é não passarmos os pontos para um parente ou amigo quando nossa carteira de motorista já está explodindo de multas, é não roubar sinal de internet e nem de TV.

Ética é não pedir aos céus que nos ajude quando definitivamente fizemos cagada e devemos pagar pelos nossos erros, também é ter ética quando não se cola numa prova ou pede para um amigo colocar seu nome num trabalho escolar que você sequer leu. Ética é levantar a tampa da vaso quando vai mijar (aos homens), fechar a torneira ou apagar a luz ao sair, principalmente se não for a sua casa. Ética é tirar da cabeça esta ideia estúpida de que "o mundo é dos mais espertos". Poderia escrever a noite toda sobre tudo que é necessário para termos bons políticos, desde que a mudança comece por baixo...bem por baixo, por nós.

Quando estivermos prontos para fazermos uma “autopsia” de nossas condutas enquanto cidadãos, estaremos prontos e aí sim teremos o direito de cobrar daqueles a quem delegamos o poder de nos conduzir na política, do contrário, deixemos de ser falsos e hipócritas e reconheçamos que o que está lá no poder é só um reflexo do que somos aqui embaixo. 
Edson Moura

CIENTISTAS CRISTÃOS EXISTEM? SE EXISTEM...E EXISTEM...SÃO CONFIÁVEIS?

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Por Edson Moura 

Embora recentemente os criacionistas tenham tentado retratar a sua perspectiva como sendo puramente secular e científica (numa tentativa desesperada de legislar e introduzir em sala de aula), dentro de suas próprias fileiras eles sempre foram muito transparentes no que diz respeito à sua base religiosa (teísta) para sua "ciência", e nunca esconderam sua crença de que, em todos os lugares em que existem conflitos entre a ciência e a Bíblia, a ciência tem que ser rejeitada a Priori. Explico:

"Estudantes das ciências biológicas (e eles realmente existem Edu, neste ponto você está certo) que acreditam na Bíblia, ou numa teoria criacionista, possuem a priori um guia para suas interpretaçôes dos dados disponíveis, qual é este guia?: o registro da Criação Divina contido no livro do Gênesis" (Robert Kofahl e Kelly Segraves)

 " O estudante cristão das origens, aborda a evidência da GEOLOGIA e da PALEONTOLOGIA com o registro bíblico em mente, obviamente, interpretando esta essa evidência científica com os fatos divinamente revelados na Bíblia"  (Robert Kofahl e Kelly Segraves)

" A "ciência da criação" começa com pressuposições completamente bíblicas e interpreta os dados de toda a realidade, incluindo a ciência, dentro desse enquadramento" (Donald Chittick, recebeu um Ph.D. em Física Química da Universidade Estadual de Oregon em Corvallis, Oregon, e um Bachelor of Science pela Universidade de Willamette em Salem, Oregon. Seu currículo inclui o seguinte: 
Presidente da Divisão de Ciências Naturais da Universidade de Fox George em Oregon, professor adjunto da química na Institute for Creation Research , em Dallas, e Professor Associado de Química da Universidade de Puget Sound em Washington. Chittick é também um inventor ativo e recebeu várias patentes para combustíveis alternativos e "instrução programada", ou seja, homeschooling. Ele tem um membro da American Chemical Society , eo Creation Research Society )

" Se a Bíblia é a palavra de Deus (e ela é) e se Jesus Cristo e o Criador infalível e onisciente (e Ele é), então tem que se acreditar firmemente que o mundo, e todas as coisas nele, foram criadas em 6 dias naturais e que longas eras geológicas da história evolucionária realmente nunca ocorreram" (Henry Morris no livro, Criacionismo científico de 1974, página 251) Sobre este autor: Henry Madison Morris Ph.D (6 de outubro de 1918 — 25 de fevereiro de 2006) foi um líder cristão americano e um defensor do Criacionismo. É um dos fundadores da Creation Research Society e do Institute for Creation Research. É autor da famosa Bíblia The New Defender's Study Bible que trata das questões criticas da fé de um ponto de vista literal a partir do Criacionismo. Morris se graduou na Universidade Rice com um bacharelado em engenharia civil em 1939.Em 1961, Morris e John C. Whitcomb escreveram o livro "Genesis Flood", que advogava o Criacionismo e trata sobre o dilúvio universal bíblico e sua geologia. Nele, citou uma influência de George McCready Price, um professor Adventista do Sétimo Dia e defensor do Criacionismo no início do século 20. Em 1963, Morris e nove outros fundaram a Creation Research Society. Ele é considerado por muitos como "o pai da moderna ciência da criação "

"É porque a revelação bíblica é absolutamente autoritativa e clara, que os fatos científicos corretamente interpretados, darão o mesmo testemunho que os da Escritura."  (Henry Morris no livro, Criacionismo científico de 1974, página 15)
"É mais produtivo encarar a Bíblia LITERALMENTE e depois interpretar os fatos reais da ciência dentro do seu enquadramento de revelação." (Henry Morris no livro, Aguas problemáticas da Evolução 1974, página 184)
"Embora os criacionistas, na sua qualidade de cientistas, tenham que estudar tão objetivamente quanto possível os dados reais da geologia, na nossa qualidade de cristãos (pode-se ler...teístas) crentes na Bíblia também temos que insistir que esses dados sejam correlacionados dentro do enquadramento da revelação bíblica."  (Henry Morris noTrimestral da Sociedade de Pesquisa da Criação, 1974, página 173)

"Estamos COMPLETAMENTE limitados àquilo que Deus achou por bem dizer-nos, e esta informação é sua Palavra escrita. Este é nosso manual na Ciência da Criação." (Henry Morris em Morris, 1966, pagina 114)

" O cristão instruído sabe que as evidências para a completa inspiração das Escrituras têm MUITO MAIS PESO do que as evidências para qualquer FATO DA CIÊNCIA. Quando confrontado com o testemunho Bíblico consistente sobre um dilúvio Universal, o crente TEM QUE ACEITÁ-LO COMO SENDO  INQUESTIONAVELMENTE VERDADEIRO." John Whitcomb. Sobre o autor: Whitcomb era o filho de um oficial do exército. Ele viveu no norte da China entre as idades de 3 e 6, e mais tarde frequentou a Escola McCallie em Chattanooga, Tennessee . Ele estudou geologia histórica e paleontologia por um ano e formou-se em 1948 com honras na antiga e história europeia. Quem quiser saber mais sobre o autor, favor, procurem no Wikipedia

"A evidência final e CONCLUSIVA contra a Evolução é o fato de a Bíblia a negar. A Bíblia é a palavra de Deus. absolutamente inerrante e verbalmente inspirada." O tal do Morris de novo

"A única conclusão que concorda com a Bíblia é que Gênesis 1-11 é a verdade histórica real, independentemente de quaisquer problemas científicos ou CRONOLÓGICOS envolvidos." Mais uma vez o Morris, e não esqueçam que ele é cientista, Geólogo.

Duane Tolbert Gish (17 de fevereiro de 1921 - 5 de março de 2013[1] ) foi um bioquímico americano e um dos membros mais proeminentes e francos do movimento criacionista (na vertente "Criacionismo Biblicista").[2] Gish foi ex-vice-presidente do Institute for Creation Research (ICR, Instituto de Pesquisa da Criação) e autor de numerosas publicações sobre o tema ciência da criação. Livro deste autor: "Os fósseis dizem não"

"Depois de muitos anos de estudo intenso do problema das origens, tanto de um ponto de vista bíblico, como do ponto de vista científico, estou CONVENCIDO que os fatos da ciência declaram que a criação especial é a única explicação lógica para as origens, "no princípio Deus criou" O tal do Gish

Bom Edu, vou dar uma paradinha por aqui, e espero que você leia com atenção, reflita bem antes de querer usar "cientistas" que não são cientistas, ou mesmo os antigos cientistas que ao trabalheres determinado objeto, acabaram, mesmo sendo crentes, respondendo alguns questionamentos acerca da origem do universo, o que não passou de um acidente, ou seja, um efeito colateral de se pesquisar algo que poderá culminar numa resposta a qual nem estávamos procurando. Como disse, 'provar que Deus não existe não é uma necessidade da ciência verdadeira, mas sim uma consequência, assim como aconteceu com Roger Bacon (1214-1294) o precursor do método científico,  Robert Boyle, considerado o fundador da Química Moderna, Issac Newton (1642-1727) é um dos maiores gênios da História e um cristão amante da Palavra de Deus, John Flamsteed (1646-1719), criador do primeiro catálogo de estrelas moderno, e que era um cristão fervoroso, o pastor inglês Stephen Hales (1677-1761) foi o primeiro a levar os métodos da Física para a Biologia. Ele é considerado um dos maiores fisiologistas, químicos e inventores do mundo,  o pastor inglês John Mitchell (1724-1793) é considerado "O pai da Sismologia" e o primeiro a considerar a existência de buracos negros, isso cerca de 200 anos antes destes serem descobertos. Além de fazer medições sensíveis da atividade abaixo da superfície da Terra, ele organizou o primeiro experimento laboratorial para medir a força da gravidade.

Esqueci de mencionar o francês Georges Cuvier (1769-1832), fundador dos estudos da Paleontologia e Anatomia Comparativa, foi, por exemplo, o homem que primeiro dividiu os seres vivos em quatro categorias: vertebrados, moluscos, articulados e radiados. Luterano e cristão apaixonado pela Bíblia, ele realizou estudos que comprovaram que o Dilúvio Bíblico, dos dias de Noé, realmente aconteceu. Cuvier foi forte opositor do Darwinismo, ensinando que cada espécie havia sido especialmente criada por Deus e que cada órgão tinha um propósito exclusivo para aquela criatura. Creio que sem ele não teríamos chegado onde chegamos, mas é isso mesmo, um acidente agradável, assim como a descoberta da penicilina.

Fadados estamos a imperfeitos sermos

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Droga!!! Por que a perfeição do outro me incomoda tanto? O cara é bonito, rico, porte atlético, inteligente...tantas mulheres o querem. E eu assim, magrelo, feio, pobre e a pé. É como diria Fernando Pessoa: “Só vejo príncipes! Quem me dera ouvir de alguém a voz humana. Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?” Mas tenho um acalento...e não é o álcool.

Elas não estão satisfeitas com a perfeição, não, querem mais..muito mais. Querem perscrutar, virar do avesso, descobrir a carne, revelar os músculos e os vasos e achar ali, bem no fundo, no fundo, no fundo do ser masculino, um defeito que o torne tão vil quanto eu. E acham. Sim, sempre acham um defeito parte, que será analisado como se o todo fosse. Ele tem mal hálito, ele é mulherengo, ele sai aos domingos pra jogar futebol com os amigos e me deixa só, ele tem o pau pequeno, torto, grande demais sei lá, ele tem um defeito.

Porra, não dá! Perfeito só Deus! E o cara é tão egocêntrico (Deus) que não se preocupa em asseverar o tempo todo que só Ele é assim, e por ser assim, precisou criar um ser que não fosse como ele, para que não perdesse o posto de “fodão”. Mandou um pra cá que também era perfeito, mas logo trataram de apontar suas falhas: “Ele anda com putas e ladrões, ele deixou de socorrer um amigo que estava morrendo em Betânia, Ele era frouxo e chorava sozinho pedindo para que lhe afastasse o cálice, ele expulsava demônios em nome do Diabo, ele abraçava leprosos (que nojo), Crucifiquem o Príncipe, mas ponham-lhe antes uma coroa de rei, só pra sacanear.

Novamente me tranquilizo, e de novo não é com o álcool como o poema sugere. Acham defeito em tudo, em todos, porque não encontrariam em mim? Se nem a natureza é perfeita, ora, flores de várias cores, seres de várias espécies, planetas de vários tamanhos, mas tem tsunami, furacão e terremoto. Tem homem que nasce mal (defeito na natureza humana), tem homem que nasce bom e a sociedade o corrompe (defeito da sociedade), tem outros que nascem neutros (ser neutro é não ter características, logo, defeito também).

Quero ser franco me chamam de mal educado, quero ser honesto me chamam de trouxa, quero ser ético me chamam de demagogo, quando quero ser romântico o título que ganho é de fresco, viado, sem pegada, mas quando resolvo ser homem, aí sou machista, bruto, insensível...grosso. Então prefiro mentir, prefiro ser dois, três e até quatro pessoas diferentes dentro de um só ser. Agrado falando o que querem ouvir, finjo o tempo todo ser o que elas querem que eu seja. Deixo-me usar como um pedaço de carne, como um lenço pra enxugar lágrimas (descartável de preferência), sou apenas um absorvente sem abas que dá conforto mas só querem me ver nos dias ruins, e assim vou enganando a elas e a mim.

E mesmo esses, aparentemente perfeitos, o Grey de todas as mulheres, mesmo esses devem ter um defeito que vai incomodar cedo ou tarde, por isso, elas preferem deixá-lo, traí-lo, ignorá-lo, pois não estão prontas para o homem perfeito. Na verdade acho que nem querem um, porque se tiverem... a quem vão poder apontar o dedo e vomitar impropérios numa DR de pelo menos duas horas? Se o cara não tiver defeitos elas não vão ter sempre razão, e não há tragédia pior para uma mulher do que não ter sempre razão.

É Fernando... em linha reta não dá pra agradar.

Edson Moura

Questões acerca da morte (3ª Parte, por um viés científico)

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Na Idade Média, nossos antepassados, com suas limitações de conhecimento e ainda com suas superstições, esta por sua vez, “empapada” do Cristianismo cada vez mais fortalecido, começaram a se preocupar, não mais  com o destino coletivo das pessoas de sua religião, e sim, com o destino de cada indivíduo em particular. Foi então que se estruturou a crença de “julgamento após a morte”, podendo o morto sofrer punições pelos pecados cometidos durante toda a vida.

Segundo a crença anterior, Jesus voltaria, conduziria os que creram até o Paraíso. Modificado então, para um “Dia do Juízo Final”, onde seriam separados os bons dos maus, cabendo aos maus a “Punição Eterna”. [...Então dirá aos que estiverem à sua direita: vinde benditos de meu pai, receberdes por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo... Em seguida, dirá aos que estiverem à sua esquerda: apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos... E estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna...]

É neste contexto que o conceito de purgatório se desenvolve dentro do catolicismo. Até então esta ideia não era estruturada como dogma, mas apenas como um elemento  procedente da crendice popular, muitas vezes associada à ideia de limbo (local onde as almas das crianças mortas sem batismo deveriam permanecer até a vinda definitiva de Cristo. O termo latino purgatorium (lugar de purificação) parece ter sido usado pela primeira vez no fim do século XIII, por Pierre Le Mangeur, em Paris.

No Concílio de Lyon, em 1274, o purgatório recebia uma primeira promulgação como dogma da Igreja católica, sendo definitivamente proclamado em 1439, no Concílio de Florença, que congregou Católicos romanos e ortodoxos Gregos.

Com o advento do purgatório, a ritualização da morte é modificada, no sentido de buscar o perdão para pecados cometidos em vida, procurando garantir um bom destino à alma que estivesse deixando o seu corpo mundano. Surge a possibilidade de interferir no “destino” do falecido, por meios das súplicas e indulgências dirigidas a Deus e aos santos, visando diminuir o tempo de expiação pelos pecados e facilitar a entrada do “morto” no Céu.

A morte vai tendo seus aspectos repulsivos mais explicados e valorizados. O corpo morto, frio e fedorento, passa a ser escondido. A imagem da morte vai se transformando, deixa de se “bela” e pública para ser “feia” e escondida, ou melhor dizendo, proibida. Os rituais que outrora acompanhavam a morte e o morrer, são agora esvaziados de sentido em uma maneira de evitar o sofrimento pela própria morte. A morte antes aceita com naturalidade, ocorrendo em meio à tranquilidade dos familiares, passa a ser temida. A morte natural passa a ser a morte por velhice, enquanto todas as outras maneiras de morrer sinalizam a possibilidade de um castigo divino.

Feliz ou infelizmente, com o crescimento do pensamento filosófico e científico dos séculos XV e XVI, testemunhamos nova elaboração da vivência da morte. Com o advento do Iluminismo, a morte passa a ser dissociada de seus aspectos religiosos e sagrados, adotando a racionalidade como elemento norteador. A morte passa a ser vista principalmente como um evento biológico, sobre o qual deve-se buscar um maior controle por meio da Ciência e da Razão. Com isso, a estruturação de hospitais, o desenvolvimento da medicina e a busca pelo prolongamento da vida ganham mais atenção.

A relação entre morte e hospital foi se estreitando ao longo dos séculos. Os hospitais tiveram sua finalidade alterada de acordo com cada época e lugar. Antes do advento da medicina científica e tecnológica, o morrer em hospitais era destinado às pessoas pobres ou indigentes, que não possuíam condições financeiras de serem tratadas em suas próprias residências, portanto se dirigiam aos hospitais em busca de recuperação de sua saúde, ou mesmo para morrerem.

Antes do século XVIII o hospital era uma instituição de assistência aos pobres, que visava unicamente sua separação e exclusão. Na visão geral, o principal personagem do hospital não era o doente que poderia ser curado, mas sim, o pobre que estava morrendo e deveria ser assistido material e espiritualmente. O hospital seria portanto, um “morredouro”, um lugar para se morrer. O paradigma vigente nessa época era o paradigma do “cuidar”.

Cuidava-se dos doentes, mas sem a pretensão de reintegrá-los à sociedade, e enquanto estivessem vivos no aguardo da morte. O ato de cuidar estava inteiramente ligado à religiosidade, tendo o sagrado uma função asseguradora: “Cuidava-se do corpo e da alma, de maneira a facilitar à alma a sua entrada nos céus.

Com o tempo, a vivência da morte passou a ser restrita aos hospitais, transformados em locais de cura e recuperação de doentes, distanciando-os do convívio familiar durante sua recuperação ou mesmo no processo de morrer. Atualmente, século XXI, os cuidados médicos e hospitalares se pautam no paradigma de “curar”. Não basta cuidar do doente. É preciso curá-lo a todo custo e combater a morte. O paradigma do curar facilmente torna-se prisioneiro do domínio tecnológico da Medicina moderna. “Se algo pode ser feito, logo deve ser feito, essa é a missão”. Também idolatra a vida física a alimenta a tendência de usar o poder da Medicina para prolongar a vida, mesmo em condições inaceitáveis.

A irreversibilidade é normalmente citada como um atributo da morte. Cientificamente, é impossível trazer de novo à vida um organismo morto, e se um organismo vive, é porque ainda não morreu anteriormente. Muitas pessoas não acreditam que a morte física é sempre e necessariamente irreversível, enquanto outras acreditam em ressurreição do espírito ou do corpo e outras ainda, têm esperança que futuros avanços científicos e tecnológicos possam trazê-las de volta à vida, utilizando técnicas ainda embrionárias, tais como a criogenia ou outros meios de ressuscitação ainda por descobrir. Acredito que a maioria de nós torça para que a ciência vença esta batalha tão árdua, independentemente de suas religiões.

Algumas pessoas não querem morrer e as desculpas são as mais variadas, agora, do ponto de vista biológico evolutivo (e neste ponto, a religião e a ciência que até poderiam “andar de mãos dadas”, acabam distanciando-se), morrer é algo “bom”, mas explico, bom partindo do pressuposto científico de que é necessário morrer para que a descendência com modificação faça sua “mágica”. Alguns biólogos acreditam que a função da morte é primariamente permitir a evolução.

Esta idolatria da vida ganha forma na convicção de que, a inabilidade para curar ou evitar a morte, constitui-se uma falha na Medicina moderna. A falácia dessa lógica é pensar que a responsabilidade de curar termina quando os tratamentos estão esgotados.

Portanto, aconselho que aproveitem a vida, e a melhor maneira de fazer isto é pensando na morte...sua morte”

Questões acerca da morte (2ª Parte, por um viés psicológico)

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Diante da questão da morte, os filósofos não poderiam simplesmente ignorar sua importância. Muitos filósofos, no decorrer da história da Filosofia, dedicaram profundas reflexões sobre o assunto na tentativa de apaziguar suas próprias consciências, e dar sentido àquilo que parece uma fatalidade, um absurdo, um castigo. A seguir veremos alguns dos principais filósofos nessas reflexões. 

Segundo a tradição, um dos maiores filósofos foi Sócrates, embora nada tenha escrito e quase tudo que conhecemos acerca de seu trabalho fora escrito por seu discípulo Platão. Os últimos momentos da vida de seu mestre encontra-se narrado no diálogo de “Fédon” ou “Da Imortalidade da Alma”. Sócrates corajosamente aceita a sentença que seus pares lhe impuseram, negando-se a fugir como propunha seus discípulos, pois para Sócrates, obedecer as leis da cidade era uma questão de honra. Devemos nos lembrar que Sócrates também era político, uma espécie de deputado ou senador de Atenas.

Aceitando sua sentença de morte, Sócrates dá sua última “aula” aos discípulos, revelando o caráter moral de sua decisão, de coerência com o que havia dito e vivido como cidadão ateniense. Fala das virtudes (temperança, coragem, justiça) e convida seus discípulos a serem fiéis aos apelos de suas consciências, mesmo enfrentando tamanha injustiça. Diz Sócrates: “Se morrer é encontrar-se com os grandes da história de Atenas (como Péricles, pai da democracia), a morte então seria um prêmio para ele”. Impressionado com a vida e também com a morte de seu mestre, Platão revelará em praticamente todos os diálogos que escreveu, como  no “A defesa de Sócrates”, o quanto seus ensinamentos e coerência de vida eram fundamentais para construção de uma sociedade justa e de uma vida feliz.

Podemos também falar de Epicuro, nascido na cidade de Samos, tornou-se discípulo de Demócrito com apenas quatorze anos de idade. Depois de muitas idas e vindas, instala-se em Atenas onde funda sua escola filosófica para homens e mulheres, que, como não podia deixar de ser, foi alvo de fofocas escandalosas. Epicurismo ou Hedonismo, tem como princípio de sua doutrina, pregar que a felicidade humana deve se basear na vivência do prazer, o que não significa desregramento ou, imoralidade. Para ele, o prazer devia ser regido pela razão, pelo equilíbrio, ou seja, a justa medida de Aristóteles.

Epicuro ensina seus discípulos a não temer a morte, pois pior seria viver para sempre e pior, viver em desgraça, miséria ou dor. Antecipar o pensamento de morte não vale a pena, pois o morrer, em si, não faz parte da vida. Será apenas um momento que, de repente nos conduzirá para outros horizontes ou para o nada. Assim como dormimos todas as noites e não percebemos como isso acontece, assim será a morte. Portanto, o que vale na vida de verdade, é procurar viver bem, desfrutar o que há de bom, viver intensamente cada instante, e estar com os amigos.

Também Martin Heidegger, filósofo alemão, e um dos principais pensadores do século vinte, que escreveu obras como “O ser e o Tempo”, é tido como um pensador Existencialista (embora não tenha aceitado o adjetivo). Mas, ao se preocupar com um sentido mais profundo para a existência humana, ou com a questão metafísica do “ser aí”, e ao afirmar que “o homem é um ser para a morte”, Heidegger certamente se inscreve entre aqueles que tiveram uma preocupação comum, aos filósofos denominados existencialista, como Sartre.

O ser humano vive sua existência como projeto, com suas infinitas possibilidades de realização no futuro, mas somente uma poderá ser sua escolha, que nunca é definitiva. A todo momento a liberdade humana é chamada a se posicionar, a se ajustar, mas sabendo que a própria liberdade não é um dado pronto e acabado. A liberdade se faz a cada momento que se coloca, a cada ato, livre ou não. Todavia o homem sabe que há uma “situação-limite” colocada pela morte. E este é um fato do qual homem algum poderá escapar, fazendo surgir assim a angústia existencial e as tantas perguntas sobre o sentido de nossa existência.

“Por que, e para que viver, se tudo acabará com a morte?” Quem nunca se fez esta pergunta? Devemos nos lembrar que para Heidegger, não podemos contar com a saída da crença em vida eterna, ou seja, imortalidade da alma, possibilidade dado pelos filósofos metafísicos tradicionais como Platão, Descartes, ou Leibniz.

Diante da angústia perante a desagradabilíssima e inevitável experiência da morte, o que não significa medo psicológico, depressão ou pensamento mórbido sobre a morte, temos duas saídas apenas: Uma existência autêntica dos que assumem essa angústia e aceitam sua finitude, voltando-se para um viver crítico, responsável e quem sabe livre. Se esta é a única vida que tenho, cabe somente a mim vivê-la em plenitude, a construí-la com os outros no mundo, sem medo, sem amarras, sem escravidão e mesquinharias.

A outra posição que um ser humano pode tomar diante dos pensamentos aterradores acerca de sua morte é o do homem inautêntico, que foge da angústia da morte, que nega a sua realidade por meio de mil subterfúgios, refugiando-se na impessoalidade, alienação religiosa e massificação. E por negar a angústia da morte, acaba por negar-se a si mesmo e a autenticidade de sua vida.

Mas e os que ficam? Deixemos de lado um pouco os Filósofos, e falemos dos psicólogos que buscam uma explicação e até uma sistematização do luto para quem perde um ente querido. Os psicólogos, observam, na clínica, o aumento do volume dessa demanda significativa no vivenciar e expressar essa dor, e que experimenta sensações e emoções até então desconhecidas e inconcebíveis.

Para quem fica, o que lhe resta é conviver com a “presença da ausência” e cada um lidará de uma maneira diferente com este sentimento. Não é uma dor física, produzida pela estimulação de terminações nervosas específicas em sua recepção, mas a dor com sentido, com razão de ser e significados muito subjetivos, com sentimento de pesar, de aflição. Alguns primeiramente NEGARÃO a existência desta dor. Criarão estratagemas para lidar com ela, fingirão que não aconteceu, inventarão situações que proporcionem certa alienação da realidade da perda e geralmente não quererão falar sobre o assunto.

Então surge a RAIVA, a indignação, os questionamentos do “por quê comigo?”, o que eu fiz para merecer isso?”. Revoltar-se-á com Deus, com os outros e até consigo. Alguém é o culpado e precisa ser punido. Vai tentar BARGANHAR na sequência. Dirá certamente que “há males que vem para o bem”, que “o que não me mata me deixa mais forte” e nesta negociação consigo mesmo, dirá que se sair desta situação será uma pessoa melhor, amará mais, ouvirá mais, perdoará mais, acertará mais, e se importará menos com problemas pequenos.

Até aqui tudo parece bem, mas então vem a DEPRESSÃO. É agora que a pessoa se afasta para um mundo que é só seu, acaba por isolar-se dos demais, inclusive das pessoas que lhe querem ajudar. Mergulha na melancolia e definitivamente se vê totalmente impotente para lutar com esta dor. Agora arrasada, se entristece muito mais do que outrora. O mundo fica cinza, as flores perdem as cores, o canto dos pássaros não agradam mais, pelo contrário, a felicidade impressa no canto deles chega a incomodar, assim como a felicidade de qualquer outro ser. A raiva retorna, aliás, não há uma sequência lógica para esses sentimentos, hora aparece um, hora surgirá outro. A mente da pessoa mais parece um barril de pólvora prestes a explodir à menor faísca.

Não há mal que dure cem anos”, já disse alguém não sei quem e não sei quando. Alguns...alguns repito, ACEITARÃO. Se a pessoa conseguiu vislumbrar uma luz no fim do túnel, e bravamente superou as fases mais atrozes de uma perda, ou de um luto mais especificamente, finalmente ela estará pronta para prosseguir sua vida. Não há mais desespero, não há mais raiva nem negação ou depressão, a dor agora já é quase imperceptível. Restou apenas uma saudade. O cheiro da pessoa que se foi, ficará em outras pessoas com as quais consequentemente cruzará na rua. Se não se desfez dos objetos do que se foi, as roupas ainda penduradas nos cabides trarão boas lembranças. Uma comida que ela gostava, uma canção que lembrará uma dança que aconteceu, e possivelmente lágrimas brotarão, e serão pesadas, difíceis de segurar, mas não serão lágrimas desesperadas, não serão lágrimas de dor, e sim de alegria. Alegria por poderem ter convivido com alguém tão especial.

Continua...

Edson Moura.
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